Eu caminho…
Nas ruas vastas, entre risos e sombras,
Sob o sol ardente ou a chuva calma,
Sem destino, sem pressa, sem nome.
Caminho e me refaço,
Me desconstruo, me reinvento,
Sou passagem e sou presença,
Sou silêncio e sou pensamento.
Ah, que liberdade há em ser caminhante,
Em não depender do relógio que sufoca,
Apenas eu e o vento ao meu lado,
Sem trilhos, sem rotas, sem correntes.
Dirigir? Ah, sim, dirigir… Gosto também!
Se forem rodovias que se estendem como sonhos,
Parar, respirar, observar, sentir,
Ver a dança das folhas, o murmúrio do tempo.
E perceber, então, que o mundo gira,
Que tudo se transforma, que tudo se move,
Que assim como eu, ao meu redor
Tudo já não é como antes.